Montanha

João Diogo Santos: “2024 foi uma época focada no desenvolvimento do Peugeot”

O piloto de Amarante embarcou num novo desafio em 2024, apostando no desenvolvimento de um Peugeot 207 RC. Mesmo estando presnete em apenas 3 provas do calendário, João Diogo Santos conquistou um Top 4 nas cotas finais do Grupo SC-D, um dos mais competitivos da Categoria Super Challenge do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group.

Para trás ficaram temporadas de sucesso com Fiat Punto 85 Sport, carro que o piloto amarantino considera ter sido “marcante na minha carreira e do qual retenho as melhores recordações. No entanto, entendi ter sido atingido um limite com essa viatura, considerando, deste modo, um novo projeto”. E este apareceu sob a forma de um Peugeot 207 RC, que João Diogo Santos tripularia em três das provas do calendário do Campeonato de Portugal de Montanha JC Group.

“Aceitei o repto lançado pelo Pedro Cerqueira, estando já em curso o campeonato de 2024. O Peugeot 207 RC, apelidado de “difícil”, acabou por despertar o meu interesse na sua evolução, cuja boa performance hoje já é uma realidade, tendo em conta que a Categoria em que se insere – Super-Challenge – que é, porventura, uma das mais competitivas de todo o CPM. A temporada de 2024 acabou por representar um interessante desafio, mais focada – de antemão – no desenvolvimento técnico de uma viatura, do que propriamente destinada à obtenção de resultados”, realça João Diogo Santos.

O programa de 3 provas foi iniciado na Rampa Internacional da Falperra, em Braga. A preparação do Peugeot 207 acabaria por sofrer um atraso significativo, com o bólide francês a ser terminado já na véspera do evento. Como tal, “a primeira familiarização decorreria apenas durante as verificações técnicas iniciais. As condições climatéricas também não foram as ideais durante o dia de sábado, mas é curiosamente aí onde me sinto particularmente cómodo, o que permitiu liderar entre os SC-D. No domingo, e apesar da vontade em andar depressa, algum excesso de fogosidade levar-me-ia a cometer 2 erros, um deles com uma saída bastante aparatosa, mas que felizmente não teve consequências de maior e nos permitiu iniciar a última subida com legitimas aspirações de vitória. Todavia, quando me encontrava a atacar muito forte e com uma subida praticamente perfeita, não evitei novo toque, desta feita na curva do Fojo, e foram míseros 0,2s que nos impediriam de vencer. Sem estas vicissitudes, e com o carro devidamente afinado, não duvido que o resultado pudesse ter sido distinto, e, quem sabe, nos abriria outros horizontes na temporada. Mas valeu pela aprendizagem e experiência acumuladas” recorda o piloto.

Na prova seguinte, a Rampa de Santa Marta, João Diogo Santos corria “jogávamos “praticamente em ‘casa’, já que fruto da ligação que nutro pela bela região do Douro e com o clube local, é um evento onde me sinto particularmente à vontade e do qual desfruto habitualmente muito. Infelizmente, desta vez, o Peugeot 207 é que não esteve pelos ajustes!… Apesar de algumas modificações que tentamos introduzir, o carro esteve praticamente inguiável durante o fim de semana, e sobretudo em zonas de apoio a média/alta velocidade era bastante complicado ser rápido e eficaz, sendo frequentes problemas de motricidade e de equilíbrio dinâmico. Daí que o resultado final traduza precisamente essas dificuldades, numa lista de inscritos recheada de viaturas muito competitivas e que seriam igualmente difíceis de alcançar”.

Finalmente na Rampa de Boticas e já depois de uma mudança na preparação do Peugeot 207, tudo melhorou consideravelmente, Com o piloto de Amarante a considerar que “o carro esteve, pela primeira vez, a meu gosto, destacando o comportamento dinâmico assinalável. Há ainda um potencial de evolução a realizar, nomeadamente em termos de motor, pois os cerca de 200 cv de potência não permitem contrariar os argumentos da concorrência. Ainda assim, conseguimos discutir o pódio da Categoria SC-D e o 4º lugar alcançado foi um justo prémio para toda a equipa, fazendo antever que em 2025 poderemos ser muito competitivos”.

João Diogo Santos deixa ainda “um agradecimento profundo a todos os que apoiaram o nosso projeto, desde patrocinadores, preparador, familiares e amigos, pois sem a sua dedicação não seria possível levar cabo este conjunto de participações”.

Artigos Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo