Joaquim Teixeira: “a época foi melhor e fui mais consistente!”
Joaquim Teixeira faz um balanço bastante positivo da sua participação no Campeonato de Portugal de Montanha JC Group em 2020, apesar da temporada bastante reduzida devido aos constrangimentos provocados pela pandemia.
O piloto transmontano, que é também o dirigente da APPAM (Associação Portuguesa dos Pilotos de Automóveis de Montanha) sagrou-se vencedor da Divisão 4 Turismos e do Grupo TCR e vice-campeão nacional absoluto da categoria Turismos, aos comandos do Cupra Leon TCR do Bompiso Racing Team,
Um naipe de bons resultados, atendendo às circunstâncias, faz com que Joaquim Teixeira faça um balanço positivo da época passada: “Com o reduzido número de provas que foi possível (em 2020) os resultados acabaram por ser o que aspirávamos. Manter-me pelo quarto ano consecutivo no pódio dos Turismos, após o primeiro ano ter sido campeão nacional. Tivemos pena que a última prova não se realizasse, porque a diferença entre o campeão e eu foram apenas dois pontos. Um desfecho que poderia ter sido alterado na tal prova que faltou, que à última hora foi anulada. Mas são as contingências do desporto automóvel. Umas vezes ganha um, outras ganha outro. E parabéns a quem vence”.
“Para mim a época foi melhor. Fui mais consistente. A nível da equipa Bompiso, procurámos manter-nos no campeonato de Montanha e fazer também o Open de Portugal de Velocidade. Aí não fiz a primeira prova por motivos profissionais, o meu filho (Daniel Teixeira) fez três provas, falhando também uma por motivos profissionais. E na outra o Joaquim Santos também fez. Na última o Daniel teve de correr sozinho. Correu razoavelmente bem, porque conseguimos ser segundos na categoria TCR e terceiros no campeonato de turismos do Open, por termos falhado uma das provas. Mas acho que o balanço acaba por ser positivo”, refere também o piloto transmontano, numa alusão à outra frente onde a sua equipa e o Cupra TCR estiveram envolvidos.
Bom começo e desempenhos na Serra da Estrela e Arrábida Caracterizando a curta temporada de 2020, Joaquim Teixeira menciona o bom começo de época que teve, e depois as limitações nas outras duas provas disputadas: “Murça correu-me bem. Obtive a vitória. A Serra da Estrela já sabia que não era a rampa mais adequada, devido à inclinação, e ao binário necessário para sair das curvas em potência, face a outras máquinas que têm outras condições. Na Arrábida, à chuva, já sabia que não tínhamos hipóteses, pois é quase impossível bater os 4×4”.
“Estava à espera de outras provas, onde o meu carro poderia ser mais competitivo, que acabaram por não se realizar. Mas dentro daquelas provas que se realizaram acho que a época me correu bem. A primeira foi agradável, começar logo a vencer. Permitiu-me acalentar a esperança que poderia discutir o campeonato até ao fim. E contrariamente ao que se diz, embora eu seja transmontano e tenha residido muitos anos em Murça, não sou possivelmente a melhor pessoa que conhece o traçado, por que há outros que também moram a 15 ou 20 km da rampa. Foi o possível. Para o ano esperamos que corra melhor e que o campeonato seja mais longo”, considera o piloto transmontano sempre apontado a tirar o melhor partido das ‘armas’ que possui.
Sobre aquilo que poderá ser 2021, Joaquim Teixeira prefere não ‘mexer em equipa que ganha’: “Em princípio irei manter-me nos Turismos. O Cupra é muito interessante de conduzir. Na primeira prova (de 2020) consegui explorar todo o potencial do carro, porque estava bom tempo e acho que tem condições para se manter competitivo dentro dos turismos, a lutar pelo pódio, mesmo com as alterações que vão acontecer este ano, pois vou ter mais concorrência. Vou manter. Não vou cometer loucuras, até porque quero manter uma viatura que me permita fazer montanha o mais tempo possível, com o Joaquim Santos e o Daniel a fazerem velocidade. Acho que é a viatura adequada, a nível de manutenção, performances e prazer de condução”, avança o piloto da Bompiso.