Mário Castro: “enquanto piloto, tive em 2023 mais uma época positiva”
Sem deixar de colocar o seu foco principal na sua atividade de navegador, Mário Castro conseguiu, uma vez mais, saltar para o lugar de piloto e assumir mais uma época de bom nível aos comandos do Ford Fiesta da Liber Jeans, que voltou a partilhar com Ricardo Cunha.
O consagrado fafense sempre assumiu que prepara as suas temporadas enquanto piloto levando em linha de conta a premissas do calendário não perturbar a sua carreira de navegador.
2023 não fugiu a essa regra e foi “mais uma temporada em que estive presente em alguns ralis do Promo e Start Norte, conseguindo ainda alinhar em mais três eventos que eu sempre desejei participar”.
E arrancou o ano logo num desses eventos especiais. Alinhando no Rali das Camélias, que considera ser “um rali mítico, nas espetaculares estradas da zona de Sintra. Um rali difícil, mas onde conseguimos imprimir um bom ritmo durante toda a prova e conseguimos um bom resultado.
Depois, foi tempo de Mário Castro e Ricardo Cunha virarem a mira para o Campeonato Start Norte de Ralis, competição onde queriam estar, como sempre, na discussão dos lugares cimeiros. Mas, a sorte nada quis com as suas justas ambições.
“Começamos em Gondomar, mas infelizmente desistimos cedo, o mesmo acontecendo na prova seguinte em Famalicão e com isso hipotecamos logo de início as nossas aspirações a uma boa classificação no final do campeonato. Depois fomos a Santo Tirso, um rali em que andamos no máximo que conseguimos. O resultado foi positivo, mas perante a concorrência foi difícil fazer melhor que o 11° no Start Norte”.
Depois, deram por concluída a sua presença no campeonato, alinhando em Viana do Castelo: “foi rali que se tornou muito difícil pelas inconstantes condições climatéricas e onde uma má escolha de pneus nos retirou a possibilidade de lutar pelo pódio do Start Norte”.
Pelo meio das refregas competitivas a norte, Mário Castro cumpriu uma efeméride na sua longa e bem sucedida carreira.
“Conseguimos marcar presença no Rali Vinho Madeira. É um dos melhores ralis da Europa e que eu sempre desejei um dia participar como piloto. Eu já tinha 19 presenças no rali como navegador e nada melhor que fazê-lo como piloto para comemorar a minha 20ª participação na prova. Foi um rali espetacular a todos os níveis. A classificação era o menos importante, mas ainda assim andamos muito bem e conseguimos uma boa classificação em termos de classe. Foi sem dúvida um rali que ficará no meu álbum de boas recordações!”.
O fecho do pano sobre a época deu-se em Cantanhede: “decidimos fazer o rali que contava para a Taça dos Campeões de Ralis Regionais. Fizemos uma grande prova e só o facto de termos um carro menos competitivo que a concorrência nos impediu de terminar ainda melhor classificados. Mesmo assim, foi um resultado positivo”, somando mais uma vitória na sua classe e presenças bem dentro dos Top 10 das classificações da Taça, do Start Centro e Promo Centro.
Em jeito de rescaldo, Mário Castro considera ter sido “mais uma época positiva, o que nos deixa com o sentimento de dever cumprido”.
E 2024?! Após vários anos fiel ao Ford Fiesta, o fafense sente que é hora de mudar: “para 2024 não consigo ainda ter nada de concreto. O que eu gostaria era de passar para outro carro, sempre na categoria de 2 rodas motrizes. O ideal seria um Rally4, mas acho muito difícil concretizar a aquisição, por ser muito caro. Vamos ver o que se consegue, mas seja com que carro for será sempre para competir em provas regionais. Gostava de fazer o Azores Rallye e até uma prova na Galiza, mas tenho de fechar orçamentos”.