Alvaro Parente: “não tivemos nem andamento nem sorte em Le Mans”
Álvaro Parente não pôde terminar a 89ª edição das 24 Horas de Le Mans, devido a problemas técnicos, mas faz um balanço positivo do seu regresso à mais importante corrida de endurance do mundo.
A equipa do piloto português conseguira assegurar a pole-position da GTE Pro, batendo as formações de fábrica, mas o piloto do Porto sentia que em prova tudo seria mais difícil e complicado, o que acabou por se confirmar. A maratona de vinte e quatro horas teve o seu início com a pista molhada e depois de duas voltas de Safety-Car, na confusão, Maxime Martin, que realizou o primeiro turno de pilotagem, não evitou um pião, caindo muitas posições.
Rapidamente ficou evidente que a máquina da HubAuto Racing não conseguia acompanhar o andamento dos outros concorrentes da GTE Pro. Quando Álvaro Parente pegou no Porsche 911 RSR número setenta e dois, no final da tarde, estava já no oitavo posto da classe e com duas penalizações devido a limites de pista e a uma ultrapassagem sob situação de Safety-Car. O português andou no máximo das capacidades do material ao seu dispor, assinando um turno duplo rápido e consistente, mas era difícil recuperar posições. Ao longo da noite, o carro da HubAuto Racing subiu a quinto, graças aos problemas dos carros que rodavam à sua frente, mas as 7h30 da manhã, a seis horas e meias da bandeira de xadrez, com Dries Vanthoor ao volante e pouco antes de ser substituído por Álvaro Parente, problemas técnicos colocaram a equipa fora de prova.
Após a corrida, o piloto português estava desapontado e conformado. “Como já esperava, estávamos sem andamento para poder acompanhar os nossos adversários. Demos o máximo enquanto estivemos em prova, fiz bons ‘stints’, mas era impossível ir mais além. Face ao cenário em que estávamos, terminar teria sido um bom prémio para todos na equipa, mas acabámos por ter de abandonar”, sublinhou Álvaro Parente.
Apesar de todas as contrariedades e o desapontamento da corrida, o piloto do Porto retira pontos positivos do seu regresso a La Sarthe, onde não corria desde 2017. “Competir em Le Mans é sempre fantástico. É uma prova de sensações fortes, daquelas em que todos os pilotos querem competir. Quando entro numa corrida, o meu objectivo é vencer, mas desta feita era muito complicado e tinha isso em mente. Dei o meu máximo e era muito complicado fazer melhor. Foi importante voltar a Le Mans, competir com um Porsche e conhecer a HubAuto Racing. Portanto, apesar do abandono, faço um balanço muito positivo da minha participação nesta prova”, concluiu Álvaro Parente.