Ralis

Desafio Kumho: jornada dupla e animada no Rali Fafe Montelongo

Nuno Mateus e Miguel Carvalho foram, respetivamente, os mais fortes na Divisão 1 e na 2, na jornada do primeiro dia. Já Miguel Teixeira impôs a sua lei na Divisão 2, na jornada de domingo da competição reservada às equipas com os pneus coreanos.

Aproveitando a alteração da extensão do Rali Fafe Montelongo, mercê da sua inclusão no Europeu de Ralis, a ASR Tyres, entidade organizadora do 3º Desafio Kumho Portugal decidiu organizar uma jornada dupla, com pontuações diferenciadas, a contar para os Desafios Kumho Norte e Asfalto. No sábado e utilizando os mesmos troços do CNR, correu-se a jornada 1, com a 2 a integrar o percurso da Prova Extra de domingo.

Nesse primeiro dia de prova, as contas da Divisão 1 saldaram-se através do apuro da resistência mecânica. Nuno Mateus e Roberto Santos (Mitsubishi Lancer EVI VI) reclamaram o triunfo, pautando a sua prova com um ritmo forte, mas sempre controlado, escapando a todas as muitas armadilhas de um percurso difícil. Para além da vitória nas contas Kumho da Divisão 1, a dupla ofereceu aos pneus coreanos um pódio na competição que contava para o Campeonato de Portugal de Clássicos de Ralis, ao concluir num excelente 3º lugar final.

Gaspar Pinto e Bernardo Gusmão (Mitsubishi Lancer EVO IX) voltaram ao “calvário” dos problemas técnicos. Um braço partido na primeira seção do rali e um furo na segunda, relegou-os para o segundo posto da Divisão, depois de terem feito tudo para assegurar um triunfo que parecia natural, pelo andamento demonstrado ao longo de toda a jornada.

No domingo, dia da jornada 2, as coisas pioraram ainda mais. Já integrados na chamada Prova Extra do Rali, que correspondia a uma segunda jornada pontual Kumho, a dupla voltou a ostentar um forte andamento, mas viram-se forçados a abandonar com nova avaria no Mitsubishi.

Divisão 2: duas jornadas, dois vencedores diferentes

Na Divisão 2, uma palavra especial para Filipe Teixeira e Bruno Coelho. Até ao toque que os forçou a desistir, assinaram um andamento infernal aos comandos do Citroen C2, liderando não só na Divisão 2 Kumho, mas na classificação geral das duas rodas motrizes. Atuação brilhante!

Como tal, a vitória ficou à mercê de outros protagonistas. Miguel Carvalho e António Reis (Peugeot 206 Gti) estiveram sempre entre os melhores e, com a desistência de Filipe Teixeira, não mais largaram o comando levando o Peugeot a uma vitória saborosa, com 13,7 segundos de vantagem sobre os mais diretos perseguidores.

E quem então mais perto rodou da dupla vencedora, tendo mesmo estado à frente, foram Nuno Alves e Bruno Machado (Citroen AX Gti), que assumiram uma prova muito forte e sempre entre os da frente, com o pódio a ficar completo com a presença de Vítor Rodrigues e José Vieira (Citroen Saxo), que beneficiou de um incidente caricato com a dupla Manuel Capela Morais e António Vieira (Skoda Fabia Tdi) que, já após terem concluído a ultima especial e quando se preparavam para festejar um pódio, tiveram um despiste na ligação para o fecho do rali, sendo forçados a abandonar. Inglório.

Vindos de Valência em estreia absoluta nas estradas de Fafe e nas lides Kumho, Luís Patuel e Noemi Lopez (Abarth Punto Evo) garantiram o 4º lugar.

Miguel Teixeira e Vítor Pereira (BMW E30) estavam entre os candidatos aos lugares cimeiros, mas um toque na segunda especial do programa forçou a desistência. Ainda no rol de desistentes, Pedro Costa e Amadeu Pereira (Renault Clio) abandonaram logo no 1º troço e José Carvalho e Nuno Monteiro (Honda Civic) retiraram-se com problemas na caixa de velocidades.Uma palavra especial para Filipe Teixeira e Bruno Coelho. Até ao toque que os forçou a desistir, assinaram um andamento infernal aos comandos do Citroen C2, liderando não só na Divisão 2 Kumho, mas na classificação geral das duas rodas motrizes. Atuação brilhante!

Para a jornada 2, no domingo, partiram 4 equipas e o filme da vitória voltou a ter como protagonistas Miguel Teixeira e Miguel Carvalho. Ambos passaram pelo comando, mas Teixeira acabaria por impor o BMW E30, apostando numa toada que mesmo sendo rápida, incluiu alguma cautela perante as condições meteorológicas que, a espaços, foram muito duras.

Já Carvalho juntou à vitória do dia anterior, um excelente segundo posto, assinando um fim-de-semana magnífico que lhe rendeu muitos pontos nas batalhas Kumho que está a travar. Luís Patuel e Noemi Lopez colocaram o Abarth Punto Evo no último degrau do pódio, terminando a sua vinda a Portugal com um saboroso 3º lugar.

Quanto a Pedro Costa e Amadeu Pereira, voltaram a desistir e novamente com problemas no Renault Clio.

João Silva vence na estreia da Divisão 3

Pela primeira vez, inscreveram-se mais do que o número mínimo de participantes que o regulamento do Desafio Kumho obrigava para que existisse uma pontuação autónoma da Divisão 3, destinada a carros com cilindrada inferior a 1400cc.

Enfrentando uma feroz oposição de uma autêntica “armada” Peugeot 106 da Copa, com seis equipas, João Silva e José Azevedo (Nissan Micra) assinaram um triunfo que premiou o seu andamento e a capacidade de gerir as dificuldades.

Mas, o grande protagonista foi Rafael Cunha. Acompanhado por Gonçalo Cunha, o jovem piloto foi impressionante, destacando-se dos demais Kumho e imiscuindo-se na luta pelos lugares cimeiros da geral do rali. Uma saída de estrada pôs um fim amargo à sua exibição.

Pedro Pereira e Sandro Trindade (Peugeot 106) terminaram num excelente 2º posto da Divisão, acompanhados no pódio pelos terceiros colocados, Rui Ferreira e Tiago Neves em mais um dos 106. João Fontes Pereira e Rita Martins foram quartos, almejando terminar a dura jornada de Sábado. Já no rol de desistências, encontrámos os 106 de Pedro Costa e Diogo Costa e de Paulo Pinto Francisco Gonçalves.

O Desafio Kumho Portugal volta a viajar para o centro do país e, já no próximo fim-de-semana, terá mais uma jornada, no Rali Vidreiro, a contar para os Desafios Kumho Asfalto e Centro.

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