Ralis

Desafio Kumho: Gaspar Pinto repete triunfo e Miguel Carvalho estreia-se a ganhar

Gaspar Pinto deu ainda aos pneus KUMHO mais um pódio absoluto, numa jornada que contou com 14 equipas integradas no DKP. A quase dezena e meia de equipas que alinhar no rali do Alto Tâmega integradas no Desafio Kumho Portugal, tinham pela frente a tarefa de enfrentarem quatro especiais, com um total de cerca de 76 quilómetros. 4 estavam na Divisão 1 e a restante dezena media forças na Divisão 2.

Uma equipa esteve em grande destaque, no que concerne aos membros da “armada” Kumho que utilizaram “armas” com quatro rodas motrizes. Gaspar Pinto e Bernardo Gusmão foram sempre muito fortes em todas as especiais, colocando o Mitsubishi Lancer EVO VIII na liderança Kumho e estando, de início a fim, na discussão do pódio absoluto do Campeonato Norte de Ralis, nesta prova organizada pelo CAMI.

Poderiam até ter estado mais na luta pelo triunfo no rali, se não tivessem sido afetados por fortes problemas de travões. O 2º lugar final no CNR não lhes fugiria e estão também na luta pelo campeonato. A vitória trouxe-lhes ainda uma dupla recompensa extra: São agora líderes ainda mais isolados da divisão no Desafio Kumho Norte, sendo claro que dificilmente perderão este título e reforçaram tremendamente a sua candidatura a vencer o Desafio Kumho Asfalto.

O 2º Posto na Divisão foi assegurado por Nuno Mateus e Roberto Santos. A dupla estava também em duas frentes, tais como os vencedores, já que se apresentavam à partida do rali como uma das equipas candidatas a vencer na refrega reservada ao Campeonato de Portugal de Clássicos de Ralis. E se no que concerne à luta pelas contas na Divisão 1 Kumho, rodaram sempre atrás de Gaspar Pinto e Bernardo Gusmão, já entre os Clássicos chegaram a liderar, mercê de um andamento eficaz até que o Mitsubishi EVO VI começou a dar problemas, forçando-os a viver um “calvário” até ao fecho do rali. Mesmo assim, asseguram um duplo 2º lugar, entre os Kumho e entre os Clássicos.

As duas outras duplas que competiram nesta Divisão 1 não foram bafejadas pela sorte.

Rui Rijo e Gonçalo Assunção vieram desde terras algarvias para tentarem dar seguimento à sua excelente exibição de Castelo Branco, mas uma rutura num diferencial do Mitsubishi Lancer EVO VIII MR ditou o seu abando logo na especial de abertura da prova. Para a dupla Eduardo Santos/Tiago Neves, em Subaru, quando tentavam recuperar após um furo, a quebra da embraiagem no penúltimo troço, ditou a desistência.

Volte face dramático, dita resultados na Divisão 2

A luta pela primazia nesta Divisão, foi um autêntico “duelo ao sol” entre dois “pistoleiros”.

Pedro Miguel Serôdio, navegado por Hugo Marques e Miguel Carvalho, acompanhado por António Reis, foram os protagonistas principais do “filme” e, tal como em qualquer “western” que se preze, o enredo incluiu um volte-face que o público não esperava.

Mercê de um tempo canhão na primeira especial, Pedro M. Serôdio colocou o Citroen Saxo no comando, que manteve na especial seguinte, mesmo tendo aqui sido mais lento do que o Peugeot 206 de Miguel Carvalho. Os pilotos iriam enfrentar a segunda ronda de especiais separados por 20,8 segundos.

E então deu-se o drama. Logo após sair da assistência e reabastecer, o Citroen Saxo de Serôdio recusou-se a trabalhar e a equipa viveu momentos de puro drama até ver finalmente o motor “roncar” de novo. O tempo para a ligação era curto e penalizaram fortemente no controlo horário de chegada à especial seguinte. Um minuto de penalização foi a machada final nas pretensões de Serôdio e Marques, vindo a ver a sua diferença para Carvalho e Reis aumentar nessa 3ª PEC, onde perderam mais 5,7 segundos, chegando ao troço final a 56,6 segundos de diferença da frente da corrida, tornando praticamente impossível a “remontada”.

E assim foi. Miguel Carvalho limitou-se a gerir, perdendo apenas 4,9 segundos nos 14,23 kms finais e chegando ao pódio com uma doce vitoria na Divisão 2 Kumho, tendo Pedro Miguel Serôdio que se contentar com o 2º lugar final.

O pódio desta Divisão ficou completo com o Nissan Micra 1.3 de João Silva e Nuno Almeida. E nem a baixa cilindrada e a hipotética competitividade relativa do carro, impediram esta dupla de brilhar ao mais alto nível, colocando-se no 3º posto logo na 1ª PEC e defendendo a posição, com unhas e dentes, até ao fecho da prova. Aplauso máximo para João Silva que, ao pódio, somou anda a liderança entre os 1400cc Kumho.

Logo atrás, o 4º lugar final foi obtido por Rafael e Gonçalo Cunha, num dos Peugeot 106 da Copa. Ainda esboçaram uma aproximação ao pódio, mas a escolha de pneus já usados viria a ser decisiva para os limitar no andamento. A 5ª posição foi o pecúlio alcançado pela equipa Pedro Pereira/Sandro Trindade (Peugeot 106 XSi) que, mesmo com graves problemas de motor, lograram concluir o rali e somar preciosos pontos.

Sem possibilidades de picar o ponto no controle de chegada final, estiveram mais seis equipas.

O sempre rápido Francisco Azevedo foi o azarado do dia. Acompanhado, como sempre, por Nuno Ferreira, foi vítima de uma forte saída de estrada na 3ª PEC, que maltratou muito o Peugeot 205 GTi e os levou à desistência. Rui Jorge Cunha foi também vítima de um despiste, mas num teste privado, realizado na sexta feira anterior ao rali, não tendo conseguiu reparar a tempo os danos no Citroen Saxo.

Já no tocante a desistências por avaria mecânica, Capela Morais/António Vieira viram o motor do Skoda perder todo óleo e entregar a “alma ao Criador”, enquanto o Citroen C2 de Filipe Abrantes/Marco Vilas Boas partia uma transmissão no penúltimo troço. A mesma avaria levou o Citroen Saxo de Vítor Rodrigues/Nuno Alves a ceder, logo no troço inaugural.

O Seat Leon Tdi de Manuel Pinto não compareceu à partida.

O 3º Desafio Kumho Portugal volta à competição nos dias 12 e 13 de setembro. Será no rali de Vila do Bispo, prova que contará para os Desafios Kumho Terra, Sul e Centro.

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