Acidente na final tira Jorge Machado da luta pela vitória em Castelo Branco
Um único momento arruinou todo um fim-de-semana brilhante. O lousadense viu-se fora da final, logo após o arranque, ao sofrer um toque violento que danificou o C2.
Nem os 15 anos que levava de jejum na pista de Castelo Branco, foram obstáculo a uma exibição de gala de Jorge Machado, aos comandos do Citroen C2 S1600. Ao longo de todo o fim-de-semana, o craque de Lousada ostentou um nível competitivo verdadeiramente fora de serie, estando sempre na discussão pelos triunfos nas mangas e assegurando a 2ª posição na grelha de partida para a corrida decisiva.
Rápido, eficaz e focado, Jorge Machado foi construindo assim um caminho que o colocava na rota da discussão pela vitória nesta terceira prova do Campeonato de Portugal de Ralicross, o que deixava piloto e equipa “muito satisfeitos por provarmos toda a nossa competitividade e o excelente trabalho de preparação que temos posto no C2 S1600. O carro esteve sempre excelente e acertamos em cheio com as afinações que escolhemos”. Jorge Machado sentia-se contente por “estar a rodar desta forma tão rápida e competitiva, numa pista onde já não rodava há 15 anos, muito técnica e desafiante e onde qualquer erro se paga caro”.
Na ida para a grelha de partida da grande final, era enorme a motivação para luar pela primeira vitória da época, mesmo reconhecendo o piloto que “esta é a Divisão mais competitiva, com excelentes pilotos e grandes carros, onde, de uma prova para a outra, tanto podemos estar entre os três primeiros como a lutar pelos lugares do meio do pelotão. Aqui, em Castelo Branco, senti que tinha argumentos para lutar pela vitória e estava pronto para dar tudo em pista numa final que iria ser de loucos!”.
E no arranque, o piloto passou das palavras aos atos. Arrancou que nem um míssil, chegando ao final da reta na liderança “com quase um carro de avanço sobre os outros. Então, pouco antes da abordagem à primeira curva, um toque de outro piloto atirou com o nosso C2 contra o muro e os danos não permitiam que continuássemos”.
No final, a frustração de piloto e equipa era tremenda. Jorge Machado lamentava “este tremendo azar. Não merecíamos que acabassem desta fora com a nossa corrida. Fomos vítimas de um incidente que não provocamos e fomos dos mais prejudicados. Estava na frente e sentia ter andamento para lutar pela vitória”. Fica, pelo menos, a certeza de que “mostramos que estamos muito fortes e rápidos. Numa pista onde e necessário muito cuidado e bastante condução, lutamos de igual para igual com os outros pilotos e fui um dos mais rápidos de todo o fim de semana. Não merecíamos este desfecho final, mas voltaremos ainda mais fortes”.
O PTRX vai agora a banhos e só regressa nos dias 5 e 6 de setembro. Mação receberá a quarta prova da temporada, o Ralicross Verde Horizonte.