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RICARDO FILIPE AUSENTE EM CASTELO BRANCO

Ricardo Filipe informou em comunicado oficial que não participará no Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Rodão 2025. Eis o enunciado na integra:

Na sequência da recente decisão da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), relativa à obrigatoriedade da utilização de uma marca única de gasolina sintética no Rali de Castelo Branco e Vila Velha de Rodão, tomei a decisão de não participar nesta prova.

Considero esta deliberação profundamente injusta e desequilibrada. No meu caso particular, insere-se numa linha de atuação federativa que tem vindo a revelar uma preocupante tendência para o tratamento desigual dos concorrentes.

Permitam-me um breve enquadramento.

No início da temporada, no Rali Serras de Fafe, informámos a FPAK de que a Skoda Motorsport não disponibilizava um mapa de motor compatível com as gasolinas sintéticas então aprovadas, sendo o nosso veículo apenas compatível com combustível da marca P1, entretanto retirada do mercado.

Solicitámos, com antecedência e de forma fundamentada, autorização excecional para utilizar outro tipo de combustível apenas nessa prova, enquanto procurávamos uma solução definitiva para as restantes. O pedido foi recusado. A FPAK sugeriu, em alternativa, que não participássemos ou que competíssemos fora da classificação do campeonato, integrados apenas no Challenge R5/S2000.

Graças a um esforço significativo da nossa equipa e ao acaso de encontrarmos combustível P1 ainda em stock num agente francês, conseguimos participar em Fafe e nas provas seguintes, cumprindo sempre os regulamentos.

Chegados agora a Castelo Branco, somos confrontados com uma alteração súbita das regras, a escassos dias da prova, através de um aditamento que impõe o uso de uma única marca de combustível – medida tomada para satisfazer a solicitação de uma equipa. Este critério variável e discriminatório fere o princípio da equidade e revela uma preocupante prática de “dois pesos e duas medidas”, com a qual não nos identificamos nem compactuamos.

Não criticamos os colegas e adversários que legitimamente defendem os seus interesses. Criticamos, sim, a incoerência da FPAK ao aplicar critérios totalmente distintos consoante o interlocutor. Essa instabilidade regulatória descredibiliza o campeonato e compromete a verdade desportiva.

Defendemos que qualquer alteração regulamentar deve ser feita de forma atempada, transparente e com a auscultação de todos os pilotos e equipas. Só assim se garante o respeito pelos intervenientes da modalidade e se promove uma competição justa e digna.

Com esta posição, afirmamos o nosso compromisso com a verdade desportiva e com a igualdade de tratamento no seio da modalidade.

Ricardo Filipe

Boliqueime, 11 de Junho de 2025

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