Velocidade

Rodrigo Almeida e José Barros são os miúdos que dominam os 450 cv dos Porsche da GT3 Cup

Têm apenas 17 e 16 anos, mas já possuem uma vasta experiência relativa ao que é andar depressa, após uma carreira iniciada na escola do karting.

Rodrigo Almeida (17 anos) e José Barros (16 anos) são os pilotos mais novos da GT3 Cup e que fazem a sua estreia na terceira jornada da competição promovida pela P21 Motorsport, este fim de semana, no Autódromo do Estoril. Embora jovens, ambos contam já uma dezena de anos de corridas no karting, disciplina em que iniciaram a sua carreira, chegando a ser adversários, e Rodrigo, o mais velho, há pouco mais de uma época que compete em carros de turismo. José, várias vezes campeão no karting, dá agora o primeiro passo rumo a um futuro que também deverá passar pelos turismos.

“Deixado para trás o karting, a ideia seria ou apostar nos monolugares ou em carros de turismo, mas para um português é muito difícil ou quase impossível chegar à Fórmula 1. Portanto, ficou decidido fazer um investimento que pudesse dar mais frutos, daí esta primeira experiência na GT3 Cup. Claro que esta primeira prova não será fácil, frente a pilotos com muito traquejo, mas o objetivo é evoluir e, nesse sentido, o mais importante será terminar não apenas estas corridas, no Estoril, como as que se seguirão”, explica o jovem José Barros, que nunca se deixou impressionar pelos 450 cv de potência do Porsche 997.

“Receio da mudança de um kart para um Porsche? Não, até porque o meu pai já fez ralis e gosta de andar depressa. Andar a 270 km/hora pode ser impressionante, mas quando fazemos aquilo que gostamos não se olha aos riscos. E gosto muito deste Porsche 977!”.

Rodrigo Almeida, que reside em Moçambique e corre com licença desportiva daquele país africano, é mais experimentado e esta temporada, além do Campeonato Nacional de Velocidade, também ao volante de um Porsche, disputa a BMW M2 Cup – competição que acompanha o DTM-Campeonato Alemão de Turismos –, na qual é atualmente o quarto classificado. Paralelamente, no seu país adotivo também corre no troféu KIA Picanto.

Dada a sua maior experiência, para Rodrigo não foi uma novidade guiar agora um carro como o Porsche 997 da GT3 Cup: “não foi um ‘choque’, até porque o Porsche que guiei nas duas provas do Campeonato Nacional de Velocidade possui um motor mais potente em cerca de 100 cv, mas a verdade é que este se revela mais exigente, possuindo uma caixa de velocidades manual. Prefiro este, sinceramente”.

Em relação ao futuro, nada está ainda definido, tanto em Portugal como além-fronteiras: “não faço ideia do que poderá acontecer no final desta jornada da GT3 Cup, para a qual fui convidado… Irei concluir a minha participação na BMW M2 Cup e talvez possam surgir alguns convites. Vamos ver!”

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