Ralis

Uma mão cheia de vencedores no emblemático Rali da Bairrada

Vítor Pascoal (RGT), André Cabeças (Ralis Centro), Luís Mota (Clássicos), Pedro Silva (Kumho 1) e Viana Martins (Kumho 2), foram os vencedores da segunda edição do Rali da Bairrada, prova inaugural do Campeonato Centro de Ralis

O dia de aniversário é para ser vivido em família e rodeado de amigos. Hoje, dia 30 de Maio, Vítor Pascoal recusou-se a ficar em casa, mas teve o cuidado de viajar até Vagos com familiares e amigos para alinhar no já emblemático Rali da Bairrada. Um dia especial para o piloto de Baião a residir em Amarante que, em pleno aniversário, recebeu os tradicionais cânticos de “parabéns a você” e respectivas salvas de palmas, cabendo-lhe distribuir sorrisos pelo triunfo absoluto e classe RGT na prova do Clube Automóvel do Centro, com o tempo total de 34m14,7s.

“Empurrado” pelo incentivo dos elementos da equipa, familiares e amigos, Vítor Pascoal, navegado por Ricardo Faria, conduziu o Porsche 911 GT3 Cup ao topo da classificação, iniciado a competição a vencer a primeira passagem por Boco, mas a entregar logo de seguida o comando a Miguel Campos e Paulo Lopes, em Porsche 9971 GT3 nas quatro especiais seguintes.

À entrada para a segunda passagem por Vagos/ZIV, derradeiro tira-teimas do Rali da Bairrada, apoiado pela Câmara Municipal de Vagos e promovido pela Promolafões, Vítor Pascoal encontrava-se a 1,9 segundos para o piloto de Famalicão, altura em que “puxou dos galões” e desferiu um ataque cirúrgico para derramar o champanhe da Bairrada no lugar mais alto do pódio, quer na classe GT, como à geral, por 4,2 segundos de vantagem. A terceira posição ficou entregue a Pedro Silva e Alexandre Rodrigues, em Porsche 997 GT3, mas a 1m18s da dupla vencedora.

Quanto ao Campeonato Centro de Ralis, a vitória sorriu de feição a André Cabeças e Ilberino (Bino) Santos. A dupla do Mitsubishi Mirage Evo, que o ano passado logrou o triunfo na prova extra do Rali da Bairrada em Citroën DS3 R5, suplantou com autoridade e mestria as adversidades e os adversários circunstanciais, com o tempo total de 36m05,8s.

Quarto à geral, André Cabeças e Bino Santos foi cavando um fosso apreciável para os segundos classificados, nomeadamente Ernesto Cunha e Rui Raimundo, em Subaru Impreza STI, a 55,9 segundos, enquanto José Gomes e Bruno Pedrosa, aos comandos de um Renault Clio R3, subiram ao lugar mais baixo do pódio, a 1m15,s da liderança.

Impressionante foi a prestação de Pedro Silva e Nuno Rodrigues da Silva. O piloto de Vila Velha de Ródão “domou” os cavalos do Peugeot 208 VTI R2B para rubricar uma prova sem mácula e garantir um excelente quarto lugar final, a 1m37,3s dos vencedores, relegando para a quinta posição a dupla Raul Aguiar e Pedro Pereira.

Luís Mota do Cartaxo saboreou o néctar da Bairrada nos “Clássicos”

Aos comandos de um Mitsubishi Lancer Evo VIII, a formação do Buçaco sentiu alguns contratempos ao longo do Rali da Bairrada, embora demonstrasse grande à vontade durante a prova, perante equipas bastante homogéneas experientes que também pretendiam mostrar serviço no asfalto das estradas do concelho de Vagos.

Nos Clássicos, Luís Mota repetiu o sucesso do ano passado e também no momento em que completou 61 “primaveras” tendo, a exemplo de Pascoal, recebido uma merecida salva de palmas e o cântico de parabéns.. Ao volante de um Mitsubishi Lancer Evo VI, o piloto do Cartaxo, que faz equipa com Alexandre Ramos, entregou-se de “alma e coração” para saborear o néctar da Bairrada no lugar mais alto do pódio, com o tempo de 36m06,5s, deixando excelentes indicações para “tomar” de assalto o Campeonato de Portugal da especialidade.

Numa prova em que a dupla anfitriã Nuno Mateus e Paulo Pimentel, em Mitsubishi Lancer Evo VI, ficou pelo caminho na primeira passagem por Vagos/ZIV com uma avaria na viatura da marca japonesa dos três diamantes, Nuno Carreira e Danny Carreira, em Subaru Impreza WRX STI, ascendeu ao lugar intermédio do pódio, a 34,8 segundos de Luís Mota. Por seu turno, João Vinha, navegado por Cristiano Queiroga, conduziu o Mitsubishi Lancer Evo VI ao terceiro lugar, a 1m11,3s do vencedor, seguido de João Pedro Martins e Roberto Santos (Mitsubishi Lancer Evo IV) e Henrique Silva e Pedro Ré (Mitsubishi Lancer Evo V) a 2m13,6s e 3m02,0s, na quarta e quinta posição, respectivamente.

O Rali da Bairrada, marcado por dois aparatosos acidentes – o primeiro por Pedro Santos e Hugo Vieira (Peugeot 206 RC), que embateu contra um poste de electricidade na primeira passagem pela especial de Boco e, o segundo, por Fábio Santos e Ricardo Sismeiro (Citroën Saxo), motivado por uma saída de estrada na primeira passagem por Vagos/ZIV –, contemplou ainda Pedro Silva e Nuno Rodrigues da Silva (Peugeot 208 VTI R2B) e Viana Martins e Gonçalo Palmeira (Renault Clio 3 RS) com os triunfos no Kumho 1 e Kumho 2, respectivamente.

Refira-se, por último, que o Clube Automóvel do Centro prestou uma justa homenagem a Claudino Manuel Carneiro Pinto Romeiro, conhecido por Ni Romeiro no mundo do Motorsport e dos ralis em particular, presidia o Conselho de Comissários da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK). O dirigente da estrutura federativa morreu a 25 de Outubro, aos 69 anos, por complicações devido à Covid-19, após ter ficado internado durante dois dias na unidade hospitalar dos Covões, em Coimbra. O tributo ocorreu durante a cerimónia da entrega de prémios do Rali da Bairrada, em Vagos.

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