Problemas mecânicos traem Marco Ferreira em Serpa
O piloto do Citroën Saxo foi um dos pouco afortunados a serem ‘apanhados’ numa ribeira no começo desta prova inaugural do Campeonato de Ralis do Sul e do 4º Desafio Kumho pregou a uma ‘rasteira’ a vários concorrentes.
Quando se prepararam para o Rali Flor do Alentejo – Cidade de Serpa, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves tinham grandes expectativas, pois os preparativos tinham sido muito cuidados e os reconhecimentos para a prova tinham decorrido de forma tranquila. Só que o rali acabaria por ser tudo aquilo que o piloto não desejava.
“O início do Campeonato Sul de Ralis não correu como esperávamos. Tínhamos feito bem os reconhecimentos na sexta-feira e tirado boas notas para a prova. Os testes que tínhamos feito na semana anterior também tinham corrido bem, pelo que estávamos confiantes em obter um bom resultado. O que não veio a acontecer”, começa por referir Marco Ferreira bastante decepcionado. O piloto alentejano refere que até começou a prova com muita precaução: “arrancamos para Brinches 1 com algumas cautelas, pois tratava-se de um troço que nunca tínhamos feito e que tinha um início muito lento, estreito e com algumas armadilhas. E terá sido uma dessas armadilhas que não conseguimos contornar. Até ao momento não temos a certeza, mas tudo indica que a passagem na ribeira terá originado os problemas que viemos a sentir logo desde muito cedo. Por diversas vezes, principalmente nas zonas mais lentas, onde a rotação baixava consideravelmente, não conseguíamos que o Saxo respondesse de imediato. O que nos deixou bastante apreensivos e depois até admirados, pois perdemos apenas 10 segundos para os mais rápidos das duas rodas motrizes”, afirma o piloto do Citroën Saxo.
Mesmo receoso, o piloto de Santiago do Cacém focou-se nas especiais seguintes, mas, infelizmente, os problemas não tinham sido ultrapassados: “na ligação para o segundo troço procuramos alguma coisa de anormal no carro, mas nada detectamos, pelo que assumimos que o problema se tinha dissipado. No primeiro quilómetro de Santa Iria 1 percebemos logo que o problema se mantinha, quando na esquerda do muro o carro praticamente se desligou. Tornou a acontecer a mesma coisa várias vezes, até que tentamos fazer o ‘reset’ à centralina, mas sem sucesso. Fizemos toda a zona mais rápida do troço em três cilindros”.
A frustração e a preocupação passaram a dominar o pensamento da dupla alentejana, que tudo tentou para prosseguir em prova. “Ainda tínhamos de fazer Brinches novamente antes da assistência em Serpa, que já era só onde queríamos chegar, mas os problemas aumentavam e fomos obrigados a desistir com problemas de motor”, adiantou o piloto, forçado a ‘baixar os braços’ quando tudo fez para evitar este abandono inglório. Assim, Marco Ferreira faz um balanço “negativo. Neste momento estamos frustrados, uma vez que não conseguimos terminar nem pontuar para o CRS. Mas vamos identificar o problema e solucioná-lo, para que possamos estar à partida do Rali de Vila do Bispo”.