Aos comandos do Mitsubushi EVO IX da Peres Competições e navegado por José Pedro Silva, o consagrado piloto do Porto dominou por completo a refrega competitiva, vencendo as quatro especiais disputadas pelo pelotão do Campeonato Norte de Ralis. A prova do CAMI Motorsport foi a terceira da temporada Norte.
Foi um regresso perfeito ao “local do crime”. O campeão portuense tinha conquistado a primeira vitória absoluta da sua carreira no então Nacional de Ralis, na edição de 92 do Rali Alto Tâmega e logo na estreia com um Grupo A (Ford Sierra Cosworth 4X4), pela margem de 1 segundo(!) face a Jorge Bica (Lancia Delta Integrale 16V).
Afastado agora das lutas do CPR, nem por isso Fernando Peres deixa de dar continuidade à sua longa e farta carreira, continuando a demonstrar uma competitividade notável. Nesta edição, assinou uma exibição a roçar a perfeição e impôs o Mitsubishi nos quatro troços cronometrados do percurso, chegando ao pódio final com uma vantagem de quase minuto e meio sobre toda a concorrência.
Já com o troféu no bornal, Fernando Peres dava conta “da enorme satisfação que senti em voltar a esta prova. O rali correu-nos bem e a vitória é um prémio fantástico, que quero dedicar ao nosso chefe de equipa Luís Dias, que não pode estar presente!”. Quanto a planos para a discussão do CNR, sendo de destacar que a dupla saltou para a segunda posição do campeonato, muito perto dos líderes, o piloto da Peres Competições não tem “nada definido em termos de calendário. Possivelmente iremos a Vila do Bispo, pois estamos com saudades de um rali de terra. Mais para a frente, veremos o que ainda iremos fazer a Norte”.
O 2º lugar absoluto foi conquistado com toda a justiça pela dupla Gaspar Pinto/Bernardo Gusmão. Este excelente resultado, que também é uma grande operação pontual na luta pelo título absoluto do CNR, é ainda somado à vitória da equipa na Divisão 1 do Desafio Kumho Portugal.
E o feito deu-se apesar de esta ter sido mais uma prova com problemas nos travões do Mitsubishi EVO VIII, que condicionou, uma vez mais, a possibilidade de rodarem num rimo mais forte que está perfeitamente ao seu alcance.
Augusto Costa foi o mais forte nas duas rodas motrizes
O último degrau do pódio seria reclamado pela dupla que mais brilhou entre as que se inseriam na luta particular das duas rodas motrizes. Sempre rápidos e eficazes aos comandos do Peugeot 208 VTi R2, Augusto Costa e Susana Silva conquistaram o seu segundo pódio consecutivo à geral e estão a assinar uma época notáve nas exibições e nos resultados.
Quem não teve qualquer sorte do seu lado foi o líder do campeonato. Lucas Simões chegava ao Alto Tâmega invicto e era, com toda a lógica, apontado como grande favorito. O jovem piloto de 22 anos, navegado por Simplício Gonçalves, entrou bem no rali e estava a impor um andamento forte no troço inaugural, quando, cerca de 10 quilómetros depois da partida, o Mitsubishi Lancer Evo IX se desligou inesperadamente. Apesar de várias tentativas, a dupla de pilotos só conseguiu colocar o carro em funcionamento vários minutos depois, mas nos troços seguintes viria a passar pelo mesmo problema, com o Mitsubishi a desligar-se várias vezes. Sem baixar os braços, Lucas Simões e Simplício Gonçalves concentraram-se em chegar ao final do rali e, assim, manterem o comando do campeonato.
Pedro Serôdio e Fernando Sousa levaram o seu Peugeot 206 ao 4º lugar, apostando num andamento rápido e sem falhas. Logo atrás, o 5º posto foi assegurado pela dupla Miguel Carvalho/António Reis (Peugeot 206, que reclamaram ainda o triunfo na Divisão 2 Kumho.
Chegaram ao fim da prova 16 das 25 equipas que alinharam integradas no CNR.