Fábio Santos esteve eficaz em Castelo Branco
Leitura clara de corrida e estratégia a condizer. Eis a receita que permitiu à dupla Fábio Santos/Ricardo Sismeiro ultrapassar todas as dificuldades do Rali de Castelo Branco e continuar na liderança da Divisão 2 dos Desafios Kumho Asfalto e Centro, registando mais um Top 10 absoluto nas contas do Campeonato Centro de Ralis.
Depois de terem brilhado ao mais alto nível no rali da Bairrada, prova que, nos idos do passado março, deu arranque ao Campeonato centro de Ralis e aos Desafios Kumho Centro e Asfalto, as 3 competições que estão no alvo da ambição de Fábio Santos e Ricardo Sismeiro para a época corrente, a dupla apresentava-se no Rali de Castelo Branco para defender a liderança conquista na Divisão 2 Kumho e a presença no Top 10 classificativo do campeonato da Zona centro.
E à chegada a terras albicastrenses, a dupla sentia-se, segundo Fábio Santos “com alguma ansiedade, pois foram 4 meses de paragem e desconhecíamos como estaria o nosso ritmo, face à concorrência. De certa forma, foi esse estado de alma que nos levou a fazer um primeiro dia do rali abaixo do ritmo de que somos capazes, embora, antes da prova, tivéssemos concertado uma estratégia que passava muito pela gestão e cautela, perante as dificuldades deste rali muito particular”. O piloto de Leiria ressalva, no entanto, que “mesmo com essa ansiedade, acabou por ser um primeiro dia muito positivo, pois concluímos o único troço disputado bem dentro do Top 10 do campeonato e a liderar nos Kumho 2”.
Na manhã de domingo, a dupla estava muito motivada e queria defender o seu posicionamento, ao longo das 4 especiais que o pelotão tinha de percorrer.
Mas a falta de testes anteriores ao rali e a canícula extrema, acabaria por fazer mossa no motor do Citroen Saxo que começou a sobreaquecer a partir de meio da segunda especial do dia e forçou a dupla a “levantar o pé, entrando em modo de gestão de danos. Felizmente conseguimos chegar ao fim e no 2º lugar no Kumho 2, atrás do Isaac que está de parabéns, pela excelente prova que fez”, realça Fábio Santos.
No entanto, o piloto sente que “sem o problema poderíamos ter estado mais acima e, quem sabe, obtido a vitória entre os Kumho. Este nosso Saxo tem uma preparação feita na nossa garagem e, embora tenhamos muito orgulho no trabalho que temos feito a evoluí-lo, temos a noção que, aqui e ali, poderão surgir problemas. Mesmo assim, a robustez que o carro demonstrou diz bem do empenho que temos colocado na sua preparação”.
Já Ricardo Sismeiro, co-piloto e Team Manager, destaca “termos conseguido cumprir a missão a que nos destinámos. Sabíamos que Castelo Branco seria, talvez, o rali mais complicado do nosso calendário e assim foi. Zonas muito sujas, temperaturas muito elevadas. Depois, como chegávamos a esta prova com algumas alterações no Setup do Citroen e sem muitos testes que nos permitisse aquilatar das diferenças, impunha-se alguma cautela e muita cabeça ao longo de todo o rali”.
E essa opção rendeu frutos pois “conseguimos cumprir todos os objetivos, amealhando preciosos pontos para todos os campeonatos em que estamos integrados e evitando males maiores na mecânica do Saxo, estando muito motivados para o resto da época. Uma palavra para todos os elementos da equipa que estiveram excelentes no apoio que nos deram”.
No computo geral, o rescaldo tem de ser, obrigatoriamente positivo. Top 10 no campeonato, 2ª posição entre os Kumho 2 e manutenção da liderança na tabela classificativa da Divisão 2 dos Desafios Kumho Centro e Asfalto, mantêm esta jovem equipa na rota dos cetros que querem conquistar, continuando entre os favoritos a reclamar os títulos em causa.