Pneu trai boa prova de Nelson Silva em Santo Tirso
O piloto de Viana do Castelo voltou a não ter sorte, somando um abandono inglório mesmo no final de mais uma prova do Campeonato Norte de Ralis, também pontuável para o Desafio Kumho Portugal, depois de ter estado quase todo o rali na luta pelo top ten absoluto.
Decididamente a sorte não tem acompanhado Nelson Silva e José Janela, que depois da desistência mesmo no final do Rali da Água CIN-Alto Tâmega, sofreram novo revés mesmo no ‘cair do pano’ do Rali de Santo Tirso, onde o piloto do Mitsubishi Lancer Evo VI da JPGS/ENI tinha justificadas aspirações aos melhores lugares, tanto ‘à geral’ como ao nível da Divisão 1 do 4º Desafio Kumho Norte.
Depois de ter feito uma ascensão notável que o levou ao sétimo posto, Nelson Silva sofreu um primeiro susto na primeira especial da tarde, antes de novo ‘assalto’ ao top ten e de um percalço que colocaria um ponto final nas suas aspirações na derradeira PEC do rali… e a somente um quilómetro do fim. “É um bocado triste, para dizer a verdade!”, desabafa o piloto de Viana do Castelo.
“Foi de facto muito mau para nós!”, confessa Nelson Silva, que até começara o rali de uma forma muito positiva, como recorda: “Começamos com algumas cautelas, mas conseguimos ir imprimindo um ritmo crescente, que nos valeu subir de 18º para 7º e estarmos na luta pelo triunfo entre os Kumho”. No começo da tarde as coisas já não correram tão bem, como conta o piloto vianense: “Após o almoço fizemos um pião que nos fez descer para a 12ª posição. Mas sabíamos que tínhamos todas as condições para chegar ao 10º lugar. E de facto tudo apontava para que isso fosse possível com o andamento que estávamos a ter até à última especial”.
Foi na derradeira classifica que tudo precipitou. “Na última especial, a cerca de 1 km do fim, um pneu rebentou e saímos de estrada. Foi o fim do rali, pois o carro foi a um talude. Felizmente só ficamos um pouco doridos, mas a desilusão foi total”, explica Nelson Silva.
O piloto do Mitsubishi Lancer Evo VI com as cores do JPGS/ENI Rallye Team admite que o que aconteceu afeta os seus níveis de confiança, não tanto no que diz respeito à sua condução em termos de pneus: “Vou para o próximo rali com algum receio, admito, pois não sei o que me espera. No entanto, o facto de continuarmos na liderança do Desafio Kumho Norte e serem ainda boas as hipóteses de terminarmos o CNR no top três dá-nos algum alento e servirá de motivação”.
Nelson Silva e José Janela poderão estar de volta à competição no Rali de Gondomar, mas tudo depende da rapidez com que o carro for reparado. “Se tudo correr bem poderemos ir a Gondomar, senão o regresso fica para o Rali Serras do Porto”, adianta o piloto de Viana do Castelo.