FPAK anuncia alterações regulamentares para o Ralicross e Kartcross em 2026

A Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) anunciou as principais alterações regulamentares para o Campeonato de Portugal de Ralicross (CPRx) e o Campeonato de Portugal de Kartcross (CPKx) da temporada de 2026, introduzindo mudanças significativas no formato das provas, pontuações e estrutura técnica de ambas as modalidades.
No caso do Ralicross, o campeonato contará com sete provas, entre o final de março e outubro, numa cadência de uma competição por mês, e terminará com a realização da Taça de Portugal, que encerrará oficialmente a época. Em termos de classificação, cada piloto poderá eliminar o pior resultado obtido ao longo da temporada, o que permitirá maior equilíbrio competitivo.

As provas passam a ter um programa composto por treinos livres, quatro corridas de qualificação, meias-finais e finais, sendo abolidos os treinos cronometrados. Os treinos livres mantêm o regulamento de 2025, e as grelhas de partida da primeira corrida de qualificação serão determinadas por sorteio, enquanto as seguintes dependerão da classificação obtida na corrida anterior. Não haverá warm-up no domingo, e o número de voltas passará a ser de quatro nas qualificações, cinco nas meias-finais e sete nas finais.
Entre as novidades mais relevantes está a abolição dos corredores de partida e das linhas de Joker Lap, sendo agora permitido cumprir a Joker Lap na primeira volta, exceto nas pistas de Sever do Vouga e Mação. O aquecimento de pneus na pré-grelha passa a ser expressamente proibido, e as partidas serão realizadas através de sequência de semáforo com quatro luzes vermelhas, desaparecendo assim a tradicional bandeira vermelha e a placa dos cinco segundos. Os treinos privados nas pistas das provas serão permitidos até 15 dias antes de cada evento.
Em termos técnicos, o regulamento de 2026 introduz também a criação da nova Divisão 1.6 para a categoria de Iniciados, destinada a viaturas com cilindrada entre 1001 e 1600 cm³, de acordo com o regulamento técnico de 2023, mantendo-se em simultâneo a atual Divisão 1.0.

No Campeonato de Portugal de Kartcross (CPKx), as alterações seguem uma linha semelhante. O calendário contará igualmente com sete provas, de março a outubro, e uma Taça de Portugal no fecho da temporada. Tal como no Ralicross, os pilotos poderão descartar o pior resultado obtido durante o ano. O programa das provas será idêntico, com treinos livres, quatro corridas de qualificação, meias-finais e finais, sem treinos cronometrados.
As grelhas de partida da primeira corrida de qualificação serão definidas por sorteio, e nas seguintes aplicar-se-á a ordem inversa da classificação anterior. Cada série das corridas de qualificação será composta por cinco pilotos com partida em linha, sendo reorganizadas de acordo com a classificação obtida na corrida anterior. As meias-finais serão disputadas pelos 20 melhores classificados após as quatro qualificações, com 10 viaturas em cada uma, e os cinco melhores de cada meia-final garantirão o acesso à final, que contará assim com 10 carros.
Tal como no Ralicross, não haverá warm-up no domingo, e o número de voltas será ajustado: cinco nas corridas de qualificação, seis nas meias-finais e sete nas finais. Mantém-se a proibição do aquecimento de pneus na pré-grelha, e as partidas também passam a ser efetuadas exclusivamente com semáforo de quatro luzes vermelhas, eliminando-se os antigos sinais manuais. Os treinos privados continuarão autorizados até 15 dias antes de cada prova.
Do ponto de vista técnico, a regulamentação de 2026 confirma a utilização de motores 600 e MT09 de série, reforçando a aposta na competitividade e fiabilidade das viaturas.
Com estas alterações, a FPAK pretende reforçar a dinâmica desportiva, a igualdade de oportunidades e a sustentabilidade técnica das duas competições, tornando o Ralicross e o Kartcross mais acessíveis, equilibrados e atrativos para pilotos, equipas e público.



