Velocidade

Final dececionante para o Team PEUGEOT TotalEnergies nas 8 Horas do Bahrein

A temporada de 2025 do FIA World Endurance Championship (WEC) terminou de forma amarga para o Team PEUGEOT TotalEnergies, que não conseguiu capitalizar a boa qualificação obtida no Bahrein. Os dois PEUGEOT 9X8 partiram da segunda linha da grelha, mas terminaram fora da luta pelo pódio, com o #93 (Di Resta/Jensen/Vergne) em nono lugar e o #94 (Duval/Jakobsen/Pourchaire) na décima posição. Apesar do resultado, a PEUGEOT encerra a temporada com dez presenças no top 10 e ocupa provisoriamente o sétimo lugar no Campeonato de Construtores.

A prova em Sakhir, disputada 253 dias depois da primeira corrida do ano no Qatar, decorreu sob temperaturas superiores a 40°C, obrigando as equipas a gerir pneus de composto duro no arranque. Após o início competitivo, Loïc Duval e Paul Di Resta mantiveram os dois PEUGEOT dentro do top 5 durante os primeiros stints, antes de entregarem os carros a Jean-Éric Vergne, que liderará o desenvolvimento do 9X8 em 2026, e a Théo Pourchaire, que fez a sua estreia na competição com o protótipo francês.

A equipa optou por antecipar as paragens nas boxes para ambos os carros, procurando ajustar estratégias para a segunda metade da corrida. Já com pneus médios, os dois 9X8 mantiveram um desempenho discreto à medida que os restantes Hypercars foram alternando paragens. Num dos melhores momentos da prova para a PEUGEOT, Théo Pourchaire chegou a liderar durante duas voltas antes de entregar o #94 a Malthe Jakobsen, enquanto Di Resta, após 127 voltas e 687 km, regressou ao volante do #93 antes de ceder o lugar a Mikkel Jensen para o seu último stint do ano.

A luta final pela recuperação de posições ficou comprometida por um Virtual Safety Car e um Safety Car surgidos já na última hora da corrida, momentos que permitiram aos rivais ganhar tempo decisivo através de paragens “gratuitas”. Os dois pilotos dinamarqueses lutaram até ao fim, com Jensen a terminar em nono e Jakobsen logo atrás, a apenas dois segundos.

Para Jean-Marc Finot, Vice-Presidente da Stellantis Motorsport, o balanço final deixa frustração mas também sinais de evolução.

“Foi uma corrida dececionante, especialmente depois de colocar os dois carros na segunda linha da grelha. Os Safety Cars permitiram aos nossos adversários ganhar tempo e perdemos quatro posições. Isso não retira mérito ao trabalho da equipa; o potencial está lá e estamos ansiosos por mostrá-lo em 2026.”

Ao longo da temporada, os dois PEUGEOT 9X8 percorreram mais de 25 mil quilómetros em corrida — 12.870 km para o #93 e 12.575 km para o #94 — conquistando dois pódios, dez presenças no top 10 e dez Hyperpoles, números que refletem progresso competitivo. As atenções viram-se agora para os testes finais do ano, que contarão com Nick Cassidy, Mathias Beche, Alex Quinn e Malthe Jakobsen ao volante dos Hypercars.

O Diretor Técnico da PEUGEOT Sport, Olivier Jansonnie, sublinhou as dificuldades enfrentadas no Bahrein:

“Apesar de termos ritmo, os Safety Cars surgiram no pior momento e tiraram-nos da volta do líder. Depois disso, era impossível recuperar.”

Também os pilotos lamentaram o desfecho. Paul Di Resta destacou que a corrida não refletiu o potencial mostrado desde São Paulo, embora considere a temporada positiva e acredita no trabalho para 2026. Já Théo Pourchaire, focado na aprendizagem, reconheceu a frustração provocada pelo último Safety Car, mas garantiu que o ritmo inicial demonstrou que existe margem para evolução.

Com a época encerrada, o Team PEUGEOT TotalEnergies agradeceu o apoio de todos os parceiros, iniciando já a preparação para uma temporada de 2026 que se revela determinante para o desenvolvimento do novo Hypercar francês.

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