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Exibição de gala leva Rui Madeira à vitória no Rali das Camélias!

Mercê de uma exibição fabulosa, Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva levaram o Mitsubishi Mirage a uma vitória tão saborosa quanto suada, numa das mais disputadas edições do Rali das Camélias.

Diabólica. Assim foi a edição 2022 do Rali das Camélias. Três líderes diferentes e as correspondentes duas mudanças de liderança, dão conta do ritmo frenético a que se percorreram as 7 especiais de classificação da magnífica prova organizada pelo Clube de Motorismo de Setúbal.

5 duplas estiveram na linha da frente do combate pelo pódio e entre elas Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva. Nada receosos por estarem a tripular pela primeira vez o Mitsubishi Mirage, almejaram estar entre os melhores desde o arranque: “foi uma prova brutal, tal o ritmo que se imprimiu desde a 1 PEC. Para nós, até nem começou da melhor forma, pois fizemos toda a primeira especial, por sinal aquela que eu mais gosto de todo o rali, sem ALS, problema que nos acompanhou durante a manhã”, mas, mesmo assim, Rui Madeira logrou ser o 3º mais rápido, perdendo apenas 2,8 segundos.

Estava dado o mote para a exibição de gala. Na 2ª PEC, a dupla do Mirage registou o segundo melhor tempo, a 2,2 segundos dos mais rápidos, subindo para o segundo posto da geral, a apenas 4,6 segundos dos colegas de equipa Pedro Clarimundo e Mário Castro, num Skoda Fabia Rallye2. O segundo tempo na 3ª PEC, última da secção matinal, permitiu a Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva segurar uma posição no pódio provisório, chegando a esta fase no 3º lugar, mas apenas a dois segundos redondos dos líderes. Na assistência, Rui Madeira afirmava que “foi uma manhã atribulada, mas muito positiva. Apesar do problema, deu para nos posicionar face à concorrência. Fomos melhorando classificativa após classificativa e estamos na luta!”.

Na assistência, foi tempo de “alterar o setup de suspensão do Mirage e a posição do ALS. Nos primeiros quilómetros da especial seguinte, percebemos logo que o carro ficou mais fácil de pilotar” e o resultado foi o salto para a liderança da prova logo na 4ª PEC, onde Rui Madeira e Nuno Rodrigues da Silva registaram o 3º melhor tempo. 1,9 segundos era então a vantagem sobre os mais diretos rivais e a “batalha” continuou acesa na especial seguinte. A dupla do Mirage voltou a ser terceira e viu a sua vantagem ser reduzida em três décimas.

Chegávamos à dupla passagem final pela especial dos Capuchos. Rui Madeira tinha consciência “de que seriam decisivas para o desenrolar do rali. Aliás, já assim pensava antes da prova começar e quisemos reservar para esta parte final um pouco de energia para atacar a fundo e fazer a diferença. Por outro lado, o facto da segunda passagem pelos Capuchos ter sido feita de noite deixava-me entusiasmado pois já tinha saudades de correr com esse ambiente fantástico e particular de estarmos a competir com muito público naquele misto emocionante de escuridão e luz total dos faróis. Depois, competir à noite é algo que eu e o Nuno sempre gostamos e onde sempre fomos muito rápidos. “

E assim foi. Madeira puxou dos galões, retirando todo o potencial do Mirage e venceu as duas especiais, com mais de dez segundos sobre toda a concorrência em cada uma das passagens, chegando ao pódio final das Camélias preparado para saborear mais um triunfo na prova e com um avanço que se cifrava em 40 segundos sobre os segundos classificados.

O piloto estava “muito feliz. A luta pela vitória foi uma constante. Foi uma prova muito disputada entre nós e mais 3 pilotos, o nosso colega de equipa, Pedro Clarimundo o Gil Antunes e o Paulo Neto. Lamento que o Pedro tivesse desistido, quando liderava a prova com 2 segundos de vantagem sobre nós, pois seria interessante lutarmos até ao final. O Gil Antunes e Paulo Neto foram também adversários de respeito na luta pela vitoria, mas desta vez a sorte no final brindou a nossa equipa. Penso que eu e o Nuno merecemos a vitória. Estivemos sempre competitivos e, no momento decisivo, conseguimos atacar e ser superiores”.

Rui Madeira quis dedicar o triunfo “aos meus patrocinadores, ao Tiago Almeida, o proprietário e timoneiro da montagem deste Mitsubishi e à assistência do Team Racing4You pela dedicação e por acreditarem sempre que era possível vencermos”.

Comemorada mais esta saborosa vitória nas Camélias, o “mundialista” está agora perante a angústia de “continuamos com um programa muito indefinido. No entanto, esperamos fazer mais alguns ralis, nomeadamente duas provas em pisos de terra com um R5, mas a palavra depende dos patrocinadores”. Certa está a participação aos comandos do icónico Mitsubishi Lancer EVOIII no Rali Spirit e no Rali de Hoznayo.

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