Marco Ferreira assina exibição forte no Rally de Lisboa
Sempre muito rápido com o Citroen Saxo, Marco Ferreira só não garantiu uma presença no top dez na edição inaugural do Rally de Lisboa devido a vários incidentes ao longo da prova.
O Rally de Lisboa foi o palco para o regresso de Marco Ferreira e Edgar Gonçalves às lides competitivas. À partida da edição inaugural da prova, o piloto alentejano salientava que “o nosso ritmo poderá não vir a ser o melhor, uma vez que já não competimos há uns meses, mas estámos animados em fazer os primeiros quilómetros com o novo motor, e principalmente, fazer o troço de Montejunto e chegar à Super Especial em plena capital do país”.
Mas o receio era infundado. Na 1ª PEC rubricaram logo o 11º tempo à geral e 3º das 2RM, mesmo tendo sentido que “não estava bem sintonizado com o Edgar e houve muitas hesitações da minha parte”.
Mas, logo a seguir, na segunda especial, um despiste de uma equipa que os antecedia e que viria mesmo a provocar a neutralização do troço, provocou “o nosso primeiro susto do rali. Só conseguimos perceber que havia um acidente muito próximo do mesmo, numa direita cega e muito, muito suja, o que fez com que só conseguíssemos parar o Saxo a poucos centímetros da viatura acidentada. Apesar de ter tido oportunidade de lhes dizer pessoalmente no local, aproveito para desejar novamente uma rápida recuperação ao Rui Sousa e ao António Serrão”.
Na especial seguinte, em Alenquer, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves sentiram alguns problemas de travões na parte final do troço, baixando duas posições na tabela, reagindo logo de seguida, em Montejunto. Aqui e, apesar “da segunda metade do troço ser a descer e com zonas de 5ª velocidade, fomos ser rápidos e subimos um lugar na classificação”.
A boa exibição até aí, motivava a equipa do Citroen Saxo para a mais longa especial da prova, com mais de 16 quilómetros. Partindo no 10º posto e apenas a 2,4 segundos do 9º lugar, Marco Ferreira partiu ao ataque e “estava a correr bem, até começarmos a sentir alguns problemas de motricidade. Mas o pior estava para vir pois, a cerca de 2 quilómetros do fim, numa zona muito encadeada e a descer, comecei a sentir o pedal de travão muito esponjoso e decidi levantar o pé. Contudo, mesmo assim, fizemos um pião quando, numa curva muito fechada, tive que puxar o travão de mão. Depois, o motor de arranque não colaborou, e tivemos que empurrar o carro para conseguir ligá-lo e acabar o troço!”.
E chegava o momento de saborear a Super Especial na Alta de Lisboa. A mesma era um dos pontos altos do Rally de Lisboa e “teria dado mais gozo, não fossem os problemas no carro e os pinos que tínhamos que contornar, mas valeu pela moldura humana que nos brindou com a sua presença, à semelhança de todos os outros troços do rali”.
Mas, apesar de todos os incidentes, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves mostraram, uma vez mais, toda a sua competitividade, terminando no 16º posto da geral, entre 48 concorrentes, sendo ainda quintos da classe.
O resultado positivo deixou Marco Ferreira “satisfeito, sobretudo pelo andamento forte que demonstrámos. Queremos agradecer à Inside Motor, pela preparação e assistência neste rali, e dar os parabéns à organização e ao público que abrilhantou a prova. Um agradecimento especial à minha família, que esteve presente no rali a dar uma motivação extra, e aos nossos patrocinadores, que merecem uma prova assim, com toda esta envolvência e mediatismo”.




