PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA: Josep Bassas vence em Fafe
A dupla Josep Bassas / Axel Coronado venceu o Rally Serras de Fafe e Felgueiras, quinta prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2021. A dupla do Rally Team Spain impôs-se num rali corrido sob condições atmosféricas muito adversas, num palco onde dois outros adversários se entregaram à sua luta particular pelos títulos de 2021, alcançando resultados muito díspares.
Aproveitando a totalidade da 1ª Etapa do Rally Serras de Fafe e Felgueiras, correu-se ao longo de todo o dia de hoje (sábado) a quinta e penúltima prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2021 como palco de um conjunto de novas batalhas pelos títulos desta que é a Temporada 4 da copa coorganizada pela Peugeot Portugal e Peugeot Espanha, assente na estrutura logística da Sports & You.
Fruto das difíceis condições atmosféricas registadas ao longo de todo o dia de hoje na região, que tiveram um grande impacto no terreno de jogo, colocou-se à prova, não só a robustez de um dos mais apetecíveis produtos da Peugeot Sport desenhado para a formação (ou confirmação) de novos valores para a categoria dos ralis, o 208 Rally4, como a própria resiliência das equipas em lidar com essas e outras condições.
Foram, assim, 12 as duplas que esta manhã se perfilaram no centro de Fafe apostadas na conquista de uma vitória neste rali que é, ainda, pontuável para o Campeonato de Portugal e Europeu de Ralis (CPR e ERC). Entre elas destacavam-se as duas equipas – Alejandro Cachón / ‘Jandrín’ e Alberto Monarri / Ángel Vela – que se encontravam mais perto de alcançar os objetivos definidos para esta época, traduzidos nos títulos de 2021, eles que, no arranque deste rali tinham uns mínimos 2,27 pontos a separá-los.
Não surpreendeu, por isso, que fossem eles quem, com mais garra, partiu à conquista dos melhores tempos das 8 Especiais (113,42 km cronometrados) que serviram de palco às batalhas desta prova organizada pela Demoporto – Clube de Desportos Motorizados do Porto. Composto pelos troços de Luílhas (12,1 km), Sra da Fé/Anjos (18,06 km), Agra/Zebral (11,25 km) e Boticas (15,20 km), este terceiro rali do ano em pisos de terra e também terceiro (e último) em Portugal, dividiu-se por uma ronda matinal, repetida da parte da tarde com a particularidade de haver um fator extra em jogo: as condições atmosféricas, com chuva e nevoeiro a complicarem o estado revolto dos pisos, resultante das passagem de todos os carros de quatro rodas motrizes das categorias superiores, antes do plantel da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA.
Cachón / ‘Jandrin’ seriam os mais rápidos em três desses oito troços (ES3, ES5 e ES7), ficando para Monarri / Vela (ES1 e ES4), Bassas / Coronado (ES2 e ES6) e Almeida / Magalhães (ES8) os melhores tempos nos restantes, somando-se os respetivos proporcionais (0,63 pontos por cada melhor tempo; 5 pontos a dividir por 8 especiais) às pontuações alcançados no rali: a vitória de Bassas / Coronado valeu-lhes 25 pontos, ainda que pouco servissem em termos de luta pelos títulos, de que já estavam arredados antes do início do rali; Cachón / ‘Jandrin’ somavam os 20 pontos do 2º lugar e ascendiam à posição de líderes provisórios da copa; Monarri saía em branco, após abandono ao início da tarde, perdendo essa liderança e vendo o seu adversário ganhar um avanço pontual significativo; e os 17 pontos do 3º lugar ficavam, assim, para Pedro Almeida / Hugo Magalhães, os melhores portugueses entre as cinco equipas lusas inicialmente inscritas.

Acrescente-se que ao 2º lugar Cachón somou a vitória na Junior Cup, troféu atribuído em cada rali a pilotos com menos de 25 anos (nascidos em ou após 1 de janeiro de 1995).
A consagração dos vencedores fez-se ao início da noite no centro de Fafe, sendo natural a satisfação de Josep Bassas: “Estamos muito contentes com a vitória na copa, embora os nossos objetivos estejam mais direcionados para a categoria RC4 do Europeu de Ralis, campeonato que estamos a disputar, e não tanto para a copa em si, de cuja luta pelos títulos já estávamos arredados. Quanto ao rali, está a ser muito difícil, não só pelos troços muito técnicos de Fafe, como pelas condições atmosféricas que enfrentámos”. note-se que Bassas irá continuar amanhã em prova, sendo o atual líder da categoria ERC/RC4 do Europeu de Ralis e um dos mais fortes candidatos ao assalto a esse título FIA.
Já Pedro Almeida, melhor nacional, resumiu, assim, esta prova: “Foi um rali muito difícil, desde o início, com condições a que não estávamos habituados, fruto da muita chuva e nevoeiro. O furo que sofremos no último troço da manhã fez-nos perder muito tempo, pelo que este resultado é resultado da regularidade e, também, de termos conseguido ultrapassar com sucesso as diferentes condicionantes do percurso.”
Decisões dos títulos adiadas para o RACC Rally de Catalunya, dentro de 15 dias
Somando-se os pontos conquistados neste Rally Serras de Fafe e Felgueiras ao acumulado dos quatro anteriores encontros e a PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2021 passa a ter como novos líderes Alejandro Cachón (Pilotos) e Alejandro ‘Jandrin’ Lopes (Navegadores), eles que com os resultados aqui alcançados – o 2º lugar e o melhor tempo em três dos oito troços – passam a somar 96,60 pontos. Para o efeito aproveitaram o abandono dos seus adversários ao título Alberto Monarri e Ángel Vela, que aqui apenas somam 1,25 pontos, referente aos proporcionais dos melhores tempos registados em dois troços, passando a somar 78,23 pontos.

A diferença entre os únicos dois candidatos aos títulos desta Temporada 4 da copa ibérica passa, assim, a ser de 18,37 pontos, ficando tudo adiado para o derradeiro rali da época, o RACC Rally de Catalunya / Rally de España, a correr-se nos troços de asfalto da 1ª Etapa desta prova do WRC, dentro de duas semanas (sábado, dia 16 de outubro). Uma particularidade: no final dessa que será a sexta e última prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2021 contabilizando-se apenas os 5 melhores scores do ano as equipas terão de deitar fora o seu pior resultado,: 0,71 pontos no caso de Cachón / ‘Jandrin’ (alcançados no Terras d’Aboboreira) e 1,25 pontos no caso de Monarri / Vela (o acumulado Fafe). Em face do atrás descrito, os novos líderes dependem quase de si próprios, não podendo dar passos em falso na tentativa de garantir um bom resultado; já os adversários têm obrigatoriamente de vencer e esperar que os seus conterrâneos não subam ao pódio!
Importante salientar que no final da próxima prova, uma vez contabilizadas essas sextas pontuações, Pilotos e Navegadores terão de descontar o seu pior resultado do ano, um facto regulamentar que provocará, decerto, alterações nos respetivos escalonamentos finais, até mesmo ao nível da definição dos “Campeões” desta Temporada 4 da copa. Há, assim, que aguardar pelo segundo fim de semana de outubro para se fechar essa contabilidade.




