Fim de semana negro para Joaquim Machado
O Ralicross de Castelo Branco, que se realizou no fim de semana passado, foi desolador para as pretensões do piloto.
Joaquim Machado foi um dos concorrentes, na Super 1600. As coisas começaram mal na quinta feira anterior, quando, alerta o piloto, todos “nós nos vimos forçados, pela organização a alterar a vida, de forma a participar na corrida. Os pilotos de Ralicross, à semelhança de todos, têm vidas privadas e profissionais. Pilotos e equipas são amadores. Têm, evidentemente empregos e não podem ser forçados a alterar em menos de vinte e quatro horas as suas vidas. Com muita dificuldade, fizemos uma viagem de quatro horas, diretos do trabalho para Castelo Branco, foi uma viagem cronometrada, uma corrida de camião!”
Teria sido bom que esse esforço não tivesse sido em vão, mas as corridas no sábado começaram tarde, contrariamente à justificação apresentada pela organização para “nos forçar a verificar na sexta feira. Além de tardias, as corridas correram muito mal. Com uma organização completamente desnorteada, sem qualquer preparação, até para fazer as grelhas de partida. Uma organização que veio denegrir o Ralicross. Mas os problemas organizativos continuaram e agravaram-se. De tal forma que chegou a ser caricato. A rega feita na primeira manga levou a uma diferença de 20 segundos entre séries. Uma injustiça para os pilotos, que já estavam completamente destabilizados com a confusão de trocas na pole”.
Um toque sofrido por Joaquim Machado fez saltar o tubo de gasolina do Peugeot. Na série da terceira corrida de qualificação, o piloto considera que “vários pilotos foram prejudicados e saíram diretamente da pista para a box. Entretanto aguardávamos, pacientemente, que o único reboque existente levasse outro concorrente. O tempo passou, os outros concorrentes, indevidamente, voltaram das boxes e o Peugeot a ser carregado, claro que a organização não viu os outros concorrentes irem assistir os carros nas boxes e não nos permitiu fazê-lo. Uma organização que faz vista grossa a situações, quando lhes convém. Segundo a informação que nos foi dada, a bandeira vermelha apresentada ficou a dever-se a falhas na cronometragem, que curiosamente estava a apresentar os tempos da corrida em direto”.
Quanto à final, Joaquim Machado afirma que “a confusão começou antes da primeira curva. A análise da situação é simples. Basta para tal ter alguns conhecimentos de Ralicross, ver as imagens e serem completamente neutros na análise. A nossa final ficou comprometida. A trajetória de corrida estava impedida por três viaturas, seria bom ter sido mostrada uma bandeira vermelha, até porque em situação bem menos graves a organização a mostrou”.
De qualquer forma, apesar de todas estas situações, Joaquim Machado deixa “uma palavra de apreço para o nosso preparador, a Kaxa & Motor, que foi incansável”.